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quinta-feira, 5 de maio de 2011

O que é Supervisão?


O que é Supervisão?
A Supervisão é um método de aconselhamento no contexto profissional.
O objectivo do aconselhamento é a melhoria da comunicação e cooperação nas organizações.
Na supervisão observam-se e analisam-se aspectos pessoais, interactivos e organizacionais.
A supervisão serve essencialmente para:
  • Aumentar o grau de profissionalismo de cada um e da equipa como um todo através da reflexão;
  • Promover e acompanhar o papel de gerente em supervisão individual ou coaching;
  • Acompanhar os conflitos e a sua solução;
  • Promover a transparência de funções e clarificar as tarefas e objectivos relacionados com processos de mudança profissional;
  • Facilitar a auto-regulação dos trabalhadores em áreas de trabalho altamente pressionadas;
  • Acompanhar processos de deslocação de pessoas e organizações;
  • Ajudar a desenvolver uma relação mais profunda com o cliente.
A Supervisão realiza-se nos seguintes settings:
  • Supervisão individual ou Coaching, especialmente para gestores,
  • Supervisão para equipas,
  • Supervisão em grupo.
Uma vez identificado o setting são definidos a duração e o número de sessões, a frequência, o custo e o período da Supervisão.
Supervisão não é treino nem instrução e sim uma forma específica da formação continua.
O Papel de Supervisor
O supervisor desenvolve o trabalho de aconselhamento com base nas suas competências e nos seus conhecimentos de diferentes áreas da actividade profissional. Elabora um diagnóstico e propõe um setting adequado para o processo de aconselhamento com a participação do organismo adjudicante e dos supervisandos.
O supervisor ocupa uma posição de observador independente o que permite uma melhor percepção da situação ou conflito e a sua solução. Através deste método é possível transformar as relações profissionais beneficiando toda a organização.
O supervisor aconselha: a equipa de trabalho ou uma organização, os colegas da equipa ou clientes, os líderes e subordinados. Normalmente é um aconselhador externo, não estando portanto agregado à organização, a partir de uma posição e atitude imparciais. Pode trabalhar como supervisor interno se a sua independência pessoal e organizacional estiverem asseguradas.
O estilo pessoal do supervisor assim como o seu procedimento metódico são definidos pela sua formação base, a sua experiência profissional e a sua formação em Supervisão.
Os supervisores trabalham com base numa orientação ética:
  • Existem regras estabelecidas e passíveis de avaliação para a prática de aconselhamento com o cliente;
  • Estão comprometidos com a tomada de consciência das pessoas e a transparência nas relações profissionais;
  • Os temas de poder e dependência são cuidadosamente abordados;
  • São respeitados a posição e os valores dos outros;
  • Existe sigilo profissional.
Os Conteúdos da Supervisão
Na supervisão são analisadas e descritas situações e interacções profissionais em diálogo com as pessoas envolvidas, para depois formular hipóteses para o processo de Supervisão. Á medida que o processo de Supervisão se desenrola, os temas emergentes irão sendo trabalhados.
Situações do dia-a-dia profissional são consideradas passo a passo .
O supervisor, em concertação com o supervisando, apresenta novos pontos de vista e abordagens alternativas para as questões em vista. Oferece diagnósticos, interpretações e alternativas de procedimentos, que serão transpostos para a realidade laboral. A sua competência relacional facilita este processo.
O supervisor é imparcial, quer dizer supra-parcial: tem simultaneamente em vista os objectivos da organização, os interesses dos trabalhadores e as necessidades dos clientes, o que implica saber suportar as tensões daí resultantes, e verbalizá-las em diálogo com os supervisandos.
Os supervisores recorrem a diferentes instrumentos de diagnóstico e avaliação e a técnicas de intervenção que adquiriram através da sua formação e experiência:
  • Empatia com os outros em situações pessoais e sociais
  • Reflexão
  • Confrontação
  • Aceder ao inconsciente
  • Constelação do sistema de trabalho, dos clientes, etc.
  • Visualização
  • Role play.
O conceito de Supervisão
O diagnóstico da situação na instituição pode sugerir que determinados assuntos devam ser tratados por outros métodos de aconselhamento, nomeadamente o aconselhamento organizacional, a formação contínua dos trabalhadores ou a terapia pessoal.
Áreas de Trabalho e Motivos para Supervisão
A Supervisão é requerida onde o sucesso do trabalho depende altamente de relações de cooperação bem sucedidas entre trabalhadores, entre líderes e subordinados, e entre representantes da empresa e os seus clientes.
A Supervisão tem-se revelado muito eficaz nas profissões da área social: terapia, aconselhamento, orientação profissional, saúde, educação, apoio à terceira idade, administração pública e assistência social.
Nos últimos tempos tem vindo a ser progressivamente requisitada pelas empresas em forma de coaching e nas áreas de desenvolvimento pessoal, desenvolvimento de projectos, treino de gestores e saneamento empresarial.
Motivos para a Supervisão podem ser por exemplo:
  • Um novo trabalhador na equipa e respectiva atribuição de tarefas;
  • Uma elevada frequência de baixas, um aumento da taxa de produtos com defeitos de fabrico, tensões na equipa que são indicadores de conflitos não resolvidos;
  • Fusão de dois departamentos ou duas empresas. A Supervisão cria um quadro específico para analisar as diferenças de cultura empresarial, as incertezas e os receios dos funcionários;
  • Perigo da síndrome de burn-out em áreas de trabalho tensas como por exemplo a psiquiatria e os lares. Verbalizar a tensão existente pode ajudar a recuperar a capacidade de trabalho;
  • Altos níveis de desgaste provocados pela introdução de novos produtos e/ou de processos inovadores de trabalho;
  • A promoção de um trabalhador a funções de chefia e os novos desafios daí decorrentes como dirigir, gerir, delegar, motivar podem ser trabalhadas com ajuda de coaching.
Formação
A formação em Supervisão oferecida pela Asas e Raízes, em cooperação com o Instituto Inscape, Alemanha, orienta-se pelas normas de formação da ANSE, Associação Europeia de Federações Nacionais para Supervisão.
Objectivos e Conteúdos
A formação acompanha a actividade profissional numa estreita ligação entre
teoria e prática. Decorre sob a forma de reflexão organizada num grupo contínuo
de aprendizagem.
A formação em Supervisão tem por objectivo o desenvolvimento das competências de aconselhamento dos participantes, em particular de:
  • Sujeito (Introspecção, auto-desenvolvimento, aprendizagem de funções);
  • Trabalho com grupos e equipas;
  • Comunicação inter-cultural;
  • Adaptação a diferentes áreas de trabalho;
  • Diagnóstico de realidades institucionais.

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